Quanto vale um ser humano?

O que  vale mais? Pessoas ou objetos?
Essa pergunta não é uma pergunta muito difícil de responder, e creio que muitos têm uma resposta pronta e imediata. É possível que haja pelo menos três respostas para essa pergunta:
1 - Pessoas;
2 - Objetos;
3 - Depende.
Em primeiro lugar, depende de quem vai responder. Depende da forma como essa pessoa foi educada - ou não - depende dos seus princípios e dos valores que foram construidos - ou não - no decorrer da sua caminhada. Parece que tudo isso é uma grande relativização, mas é assim que é para muitas pessoas.
- Quem (o que) vale mais? Um mendigo ou um fusca?
- Quem (o que) vale mais? Um pedreiro ou volkswagen gol
- Quem (o que) vale mais? Um professor ou um ford focus?
- Quem (o que) vale mais? Um médico ou uma mercedes?
- Quem (o que) vale mais? Um milhionário ou um transatlântico?
Eu poderia ficar sentado aqui em frente ao meu computador o dia inteiro, digitando nesse teclado, e a lista de pessoas, profissões e objetos não acabariam. Eu nem saberia em que ordem deveria colocar as profissões e os objetos pois não consigo medir tão facilmente e com tanta clareza o que vale mais, ou o que vale menos, pois existem pessoas que não "valem nada" (estou falando de caráter). Essas coisas ficam um pouco mais claras e muito mais fáceis  de se medir quando se trata das pessoas que amamos e ou das pessoas que odiamos.
Não consigo nem classificar com clareza qual dos dois têm mais importância, um professor ou um pedreiro. Sem professor não há educação - se bem que dependendo do professor, também não há educação - mas um professor não constrói prédios, casas, moradias e escolas. E dependendo para qual estado ou município o professor trabalha, o pedreiro ganha bem mais que ele.

Tenho um meu orkut - Educador Austri Junior - um video que mostra uma "gafe" do Boris Casoy, que eu prefiro chamar de "VERGONHA" - porque o que ele fez "é uma vergonha" - onde dois garis desejam feliz ano novo, e ele, Boris Casoy, um ícone do telejornalismo brasileiro, um homem de "credibilidade e respeito", sem saber que  estava sendo transmitido, comenta com deboche e sinismo: "QUE MERDA, DOIS GARIS DESEJANDO FELIZ ANO NOVO DO ALTO DE SUAS VASSOURAS!"
E acrescenta que eles - os garis - "estão abaixo da linha do trabalho".
Se os garis estão abaixo da linha do trabalho, eu pergunto: e os desempregados, em que linha estão? Ele - Boris Casoy - esqueceu-se de que não faz muito tempo, estava desenpregado, e ficou nessa situação por muito tempo depois que saiu do SBT, onde era um "âncora" respeitadíssimo, quando - segundo ele mesmo disse em entrevista ao canal 2 - ouviu dizer que o Silvio Santos havia dito nos corredores da emissora, que ele (Boris) estaria "velho demais para apresentar tele-jornal, e que deveria dar as vez para alguem mais jóvem".
Quando diminuiu os garis no dia 30/12/ 2009, ele estava substituindo os âncoras, Joelmir Beting e Ricardo Boechat, no "jornal da Band".
Quero fazer outras perguntas:
Jornalista varre rua e recolhe lixo? Se os garis pararem de trabalhar todos de uma vez por todas, e ninguem quiser esse emprego que segundo Casoy, está abaixo da linha do trabalho, como vão ficar as ruas e praças das nossas comunidades e das nossas cidades?
Portanto, quem vale mais, os garis ou os jornalistas?
Talvez eu devesse perguntar:
Quem vale mais, aqueles garis ou o Boris Casoy?
Eu consigo viver sem o Boris Casoy que é um lixo, mas viver sem garis, é conviver com o lixo.
A verdade é que as pessoas estão descartando as outras pessoas como se fossem lixo!
As pessoas - se é que podemos chamá-las de pessoas - julgam as outras pela faculdade (curso superior) que a pessoa fez - se dá dinheiro ou não.
Julga-se as pessoas pela instituição onde ela estudou. Julga-se as pessoas por terem estudado ou não, Julga-se as pessoas pela profissão, cor, credo, raça, religião, partido político, nacionalidade... pessoas são descartadas e excluidas por serem pobres, negras, feias, andarilhas, maltrapilhas, católicas, evangélicas, espíritas, budistas, islamitas, judias... africanas, brasileiras, sul amaricanas, asiáticas... se são do oriente médio, "são todas terroristas e mulçumanas fanáticas"...

Ter curso superior, pós-graduação, mestrado, ou doutorado... ter dinheiro,  ter salários altos, ser bem  sucedido, ser mais inteligente e estar estabelecido na vida, SER ÂNCORA de telejornalismo... nada do que se faz, do que se é,  ou do que diga dentro ou fora da mídia, não faz uma pessoa melhor ou maior que a outra, ou mesmo maior ou melhor que um objeto. Ter tudo isso, ou não ter nada disso, não faz de ninguem um referencial para os outros - muito menos ser evangélico ou  católico, ser cristão, pertencer ou não a outra religião seja ela qual for.
O valor de um ser humano só pode ser medido pelo seu caráter. Não existem homem ou mulher sem caráter. Todos nós temos um tipo de caráter (alguns têm dois ou mais). Existem as pessoas de bom caráter,  e existem as pessoas de mau caráter.
Então? Não é verdade que existem pessoas que não valem nada? Começando pelas que diminuem as outras...

Africanos sendos atacados na Itália por causa da intolerancia e segregação racial.
Israel fechando literalmente a fronteira com o Egito para que os africanos não "invadam" o seu território em busca de uma vida melhor. A justificativa é: "precisamos defender o que é nosso". Tanto no caso da Itália, quanto no caso de Israel. Aliás, de invasão Israel entende muito bem, e tem larga experiência nisso, desde os tempos vétero-testamentário, quando viviam perambulando pelo deserto, matando e saqueando em nome de Deus, procurando a "terra prometida" onde "manaria leite e mel". Hoje, a única coisa que mudou, é que estão estabelecidos em uma terra cuja o direito de posse é no mínimo suspeito e duvidoso, e  que foi concebido com a ajuda do Brasil e o aval da ONU. Entendo que aquela área é uma área conflitiva e cheia de terroristas, e que todo cuidado é pouco, mas para a politica de soberania de uma raça poróspera e superior, quanto mais segregar e excluir os miseráveis, tanto melhor. Isso vale para a Itália (veja os dois post anteriores - abaixo). Entretanto isso também vale para todas as nações ricas no mundo todo, principalmente para os EUA, que se julgam a segunda nação ecolhida por Deus. Advinha qual é a primeira?
Segregar, matar, dissipar, exterminar, extraditar, discriminar, excluir... são verbos e sinônimos que acabam produzindo o mesmo efeito quando o alvo são os seres humanos.
Quanto vale um ser humano?


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