Guerra e Paz

Este foi o meu post (Dez 09) de estreia e parceria com o blog "Circulo Teológico", confiram também o blog "Reflexões e Pensamentos" cujo pensamento e buscas são semelhantes em "caminhos" e objetivos, com este blog.

Há quantos milênios travamos guerras pessoais e santas contra outras pessoas, culturas e povos ?

Há quanto tempo temos o hábito de dizer que o nosso credo é o único e oficial escolhido por Deus ?

Há quanto tempo estamos combatendo “inimigos imaginários” quando estamos na realidade em presença de amigos ?

Somos conhecidos como uma nação de pluralidade religiosa, graças aos imigrantes advindos de todas as regiões do mundo, que com eles trouxeram seus costumes, tradições e religiões. Temos o privilégio de comungar entre cristãos, mulçumanos e judeus (entre outras religiões.. mas estas 3 em particular, tem Patriarcas em comum e um histórico de guerras e perseguições que já perdura há séculos), e freqüentarmos um a igreja do outro, coisa que em muitos países é impensável em se praticar, fruto de séculos de intolerâncias praticadas por ambas as partes. Rixas que começaram com as primeiras sociedades tribais da história. Sim... o Brasil é um exemplo hoje de ecumenismo, tolerância e sincretismo religioso. Apesar de não termos o privilégio que o Europeu possui em viajar para outros paises, como quem aqui viajaria de uma capital a outra, ou ás vezes de uma cidade a outra. Temos algo muito especial, que é motivo de orgulho para nós brasileiros, que é a nossa raça fruto de uma miscigenação de etnias diferentes, que ao contrário do que se fala não somos “pocotós” mas um povo que reuniu em torno de si, raças e culturas diferentes. Sem dúvida hoje há muito do que se orgulhar do que conquistamos enquanto nação, mas não podemos nos esquecer do eterno débito que temos com os verdadeiros “brasileiros” que aqui estavam antes de nossos antepassados, é claro que agora carregamos um pouco deste sangue nativo, que corre em nossas veias e cultura. Mas não podemos esquecer da catequização forçada a este povo “brasileiro” que tinha uma religião tão rica quanto qualquer outra tradição “importada”, mas que agora já são águas passadas. Tais povos, ao tomarem uma decisão que fosse afetar o seu ecosistema e tribo, se reuniam para decidirem sobre o impacto desta decisão em até sete gerações futuras as suas. Hoje nossas decisões não são pensadas nem em sua própria geração. O crescimento econômico e demográfico cresce de modo desproporcional e impensado, e Gaia a Mãe Terra sofre com o descaso de seus filhos, que não mais a respeitam como outrora, que há tempos, já fora por nós esquecida. Sofremos muitas vezes de uma miopia espiritual, nos orgulhamos por ir a igreja ou ao salão e reuniões, por mantermos donativos a entidades filantrópicas, e por não prejudicarmos {[(“abertamente”)]} o próximo. Muito bom que sejamos cidadões exemplares, mas o somos “verdadeiramente” eis que em muitos momentos nossa “Sombra” sem que seja convidada repentinamente emerge, e como em um surto nos moldes de o Médico e o Monstro cria o nosso inferno particular ao incorporarmos nosso Mr. Hyde, por alguns segundos, minutos ou horas. No trânsito que com nossos “carros de combate” nos digladiamos como verdadeiros guerreiros medievais, nos jogos de futebol em que soltamos a nossa “besta” interior, e de pacatos que éramos a pouco, estamos pronto para briga, quando muito retornando a nossa ancestralidade das “cavernas” de porrete na mão. Só que existe uma grande diferença nisso tudo, pois o homem primitivo pode ser chamado de violento, mas o mundo em que vivia também era violento, e muitas vezes o caçador, num outro instante já era a caça do dia. Mas demos um “salto quântico”, existem leis e regras de convívio social que asseguram a paz ou ao menos tentam, já que a verdadeira paz depende de cada um de nós. Mas em certas “festividades” nos esquecemos de quem somos “nós” ou de uma parte de nós "mais elevada" certamente. É claro que onde há luz, há trevas, não haveria de ser diferente, porém me recordo de uma metáfora “Sioux” que diz que o homem possui dentro de si dois lobos, um bom e outro mal... que tudo dependeria de qual lobo iríamos alimentar mais. Somos seres “perfeitos” sim... como todos os outros seres “criados” ou “existentes” também o são, o que não significa que não estejamos em um processo continuo de evolução material e espiritual. Como diz um ditado popular “me digas com quem andas, que te direis quem és” acho que tal parábola nos serve com uma luva aqui. Me diga qual é a tua obra ? Quais as suas escolhas de vida ? Não adianta culparmos um agente externo “material ou espiritual” pelas decisões que tomamos com o nosso livre arbítrio. Céu e Inferno, Guerra ou Paz é o que fazemos aqui e agora, neste Planeta, nesta Terra. A verdadeira “Terra Prometida”, "Paraiso", "Campos Elíseos" ou "Nirvana" pertence a todos os Homens e Mulheres, a todas as Etnias, Tradições e Religiões. A Guerra que travamos não é só a exterior ou material, o verdadeiro combate é espiritual de você com você mesmo, uma guerra travada pelo ego, que a tudo deseja possuir e conquistar.


Namastê !


Comentários

  1. É verdade, podemos escolher uma religião,mas devemos entender que se o nosso irmão escolheu uma religião diferente,irá chegar ao mesmo ponto de luz que nós buscamos com nossas práticas espirituais.E para haver paz é preciso encontra-la em nosso próprio coração.
    Abraços Hosana

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  2. Exatamente, muito bom !!! Esta é a ideia, havia um ditado por parte dos Romanos, de que todo caminho levava a Roma. Bem a partir deste ditado, podemos dizer seguramente de que todos caminhos levam a Deus, para aquele que acredita. Como o rio, que um dia emanou do Oceano, um dia deve regressar a fonte, ao Oceano de onde se originou e no passado partiu. Estamos todos independentemente de nossas escolhas de um modo ou outro, é nosso destino regressar a fonte. Como a muito escrito, do pó viemos, ao pó retornarmos. Eis que o Homem feito a partir do Barro, lhe é soprado o espirito que o anima. Ou mesmo ainda no rpincipio era o Verbo e fez-se luz, e para o verbo e luz regressamos, para o misterioso Kosmos interior e exterior. E sim toda paz só é possivel, quando a encontramos "verdadeiramente" em nosso próprio coração. Que apesar de palvras bonitas, quando falamos em encontrar a a paz interior, sabemos da Guerra que é passar por tal estado, e do quão poucos Mestres, relamente conseguiram obtê-la... mas este é o trabalho Hérculeo de todo Ser Humano, encontrar a própria Paz que abita em seu coração !!!

    Namastê !

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