A Sombra Sagrada
Certa vez, houve um sábio tão bondoso que os anjos pediram a Deus que o agraciasse com o dom dos milagres. Os anjos desceram então até a Terra para perguntar ao sábio se ele queria uma benção dessas: “Gostaria que o toque das tuas mãos curasse os enfermos?” “Não”, respondeu o sábio, “eu prefiro que Deus faça isso”. Mas os anjos insistiram, “Então, gostaria de converter os outros, trazendo para o caminho da verdade das almas errantes?”Não”, reafirmou o sábio, “eu apenas sirvo, não converto?” “Mas o que é que desejas então”? perguntaram os anjos. O santo refletiu por um momento e respondeu: “Eu gostaria de sempre poder fazer o bem, sem no entanto jamais saber disso”.
Os anjos então ficaram perplexos. Finalmente, decidiram pôr em prática o seguinte plano: cada vez que a sombra do sábio se projetava atrás de si, ou a seu lado, onde ele não podia vê-la, ela tinha o poder de curar as enfermidades, aliviar a dor e diminuir a tristeza. E assim, sempre que o sábio punha-se a caminhar, sua sombra tornava verdejantes os caminhos empoeirados, desabrochava plantas murchas, fazia água cristalina jorrar de córregos ressecados, corava a pele de crianças pálidas e distribuía alegria para as pessoas infelizes.
O sábio por sua vez, simplesmente ia seguindo sua vida, espalhando bondade do mesmo modo que a estrela emite luz e a flor exala perfume, sem jamais se dar conta disso. E as pessoas que o encontravam, respeitando sua humildade, seguiam-no silenciosamente, nunca lhe falando sobre seus milagres. Com isso, pouco a pouco elas acabaram se esquecendo do seu nome, chamando-o apenas de “A Sombra Sagrada”.
(Fonte Dra. Susan Andrews)
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Rodrigo Wentzcovitch Marcilio
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